Tema: Do lamento ao regozijo
Texto: Salmo 13: 1- 6
INTRODUÇÃO
O salmo que acabamos de ler, tem como seu gênero literário “um lamento ou súplica individual”. Saber o gênero de cada texto é fundamental para nos situarmos em seu contexto, pois há expressões que só adquirem significados quando são lidas no interior de um determinado gênero.
Determinar o gênero literário é muito importante, especialmente no caso de textos que fazem parte de uma cultura diferente da nossa, como acontece com os textos bíblicos.
Mas, o que é um gênero literário? É um tipo de texto, assim como salmo de ação de graças, hino de louvor e assim por diante. O gênero identifica o tipo de filme que vamos assistir, como: ação, suspense, terror, comédia. Etc.
Este Salmo tem muito a nos ensinar porque retrata exatamente aquilo que é demais comum na vida do ser humano. E, ao mesmo tempo, desmistifica e desmantela a idéia de que Deus não está ciente das nossas aflições.
I- A LAMENTAÇÃO DO SALMISTA vv. 1-2
1) Nos versos um e dois vemos o lamento do salmista demarcado e expresso, em suas palavras agonizantes do tipo “até quando, Senhor?” “Esquecer-te ás de mim” “Ocultarás de mim o rosto” “Estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no meu coração cada dia” “Se erguerá contra mim o meu inimigo”. São perguntas típicas de uma pessoa angustiada e fragilizada pelas crises e sofrimentos da vida. Quando somos acometidos por esse tipo de situação logo nos deparamos com as mesmas perguntas: “até quando Senhor...?”
2) Podemos identificar quatro aspectos do sofrimento do Salmista: 1) solidão, porque Deus está esquecido dele; 2) vergonha, porque até parece que Deus não cuida dele, e por sua vez acaba transmitindo o sentimento da sua insignificância; 3) desespero, porque ele se vê deixado a mercê de seus recursos; 4) injustiça, porque os seus inimigos têm a vantagem e estão exaltados, enquanto que aquele que busca viver retamente diante do Senhor encontra-se abatido e destituído de qualquer privilégio.
3) Vivemos em dias difíceis onde a crise está instaurada em todos os lugares que norteiam a nossa vida: Na sociedade, na economia, na família e até mesmo na vida espiritual, enfim, crises existenciais que nos abate e nos leva ao lamento e a súplica, como no caso do Salmista. Sempre que isso acontece surge o desejo de saber até quando vai continuar. Queremos saber quando o alívio virá a nós.
4) O salmista estava com sua alma abatida. A alma é a sede da personalidade humana. Todas as nossas emoções e sentimentos giram em torno disso que chamamos de alma ou psique. E, isso, muitas vezes, pode trazer conseqüências físicas por aquilo que se conhece por “doenças psicossomáticas”. “Ou seja, doenças causadas ou agravadas pelo estresse psicológico, afetando o nosso sistema nervoso autônomo, que controla os órgãos internos do nosso corpo”.
5) Eu imagino que o Salmista estava a ponto de adoecer de tanto desespero e medo expresso em seus gritos agonizantes.
Ele estava entendendo que os sofrimentos e lamentações, são inevitáveis na vida. Mas se são inevitáveis, o que podemos fazer para aprendermos a lidar com eles? Qual é o caminho que devemos seguir? Qual atitude devemos tomar? E aí entra o segundo ponto:
II- SUA ATITUDE DE ORAÇÃO vv. 3-4
1) Muitas vezes nós perdemos a oportunidade de saborear a vida porque não aprendemos a ciência de administrar os problemas que nos afetam. Invertemos a ordem e a importância das coisas. Sofremos demais por aquilo que é de menos.
2) O Salmista não via outra alternativa a não ser a orar ao Senhor, pois só ele poderia intervir na situação deprimente que ele estava enfrentando. Ah, momentos e circunstancias na vida que só Deus pode nos livrar. Estas crises nos sobrevêm para confrontar o nosso egocentrismo, em pensar que podemos fazer tudo sozinhos. Pelo contrário, somos altamente dependentes de Deus. Jo 15: 5
3) E o texto nos fornece uma ferramenta eficaz para lidar com os sofrimentos: a oração. E foi exatamente isso que o salmista fez. Fez uma breve oração que mudou completamente a sua situação e seu comportamento. A oração não operou mudança em Deus, mas operou mudança na atitude do próprio salmista, através dela ele pôde aumentar sua convicção e sua esperança em Deus.
William James, psicólogo e filósofo americano, disse certa vez: “A maior descoberta de minha geração é que os seres humanos podem alterar sua vida alterando suas atitudes”.
4) Diante do desespero o salmista se viu não mais na necessidade de se lamentar, mas de orar. Alguém disse certa vez que: “A crença na providencia divina consiste em considerar que a ação que vem de Deus sempre nasce uma responsabilidade humana”.
Eu acredito que o Salmista estava nessa situação porque havia deixado, por alguns instantes, ou dias, aquela vida piedosa de oração e comunhão com Deus. Através disto surgiram as dúvidas se Deus realmente estava com ele.
A oração deve fazer parte da nossa vida. Romanos 12:12 “alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração...”
Muitas vezes nos tornamos reféns dos sofrimentos e perseguições, justamente porque não trilhamos pelo caminho da oração. Não alteramos nossas atitudes, conseqüentemente também não alteramos nossas vidas.
Filipenses 4:6-7 Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.
(Falar do significado de paz para os hebreus e gregos)
A paz de Deus que envolve nossos corações pela oração é o que nos leva ao terceiro ponto desta reflexão:
III- SEU REGOZIJO E CANÇÃO DE LIBERTAÇÃO vv. 5-6
Tendo passado pela experiência da graça e misericórdia de Deus, o salmista passa a regozijar-se, cantando louvores por causa da maneira como Deus agiu com ele. Deus fez com que o salmista aprendesse a lidar com seus sofrimentos e injúrias confiando em sua graça salvadora. Servir a Deus não nos priva dos problemas, mas nos prepara para ele. João 16: 33 diz: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”.
Eu entendo com isso, que o bom da vida não é em chegar às respostas que procuramos, mas sim em aprender em conviver com elas.
Muitos dos nossos questionamentos e sofrimentos, só poderão ser otimizados na medida em que aprendermos a lidar com eles.
Através da oração feita pelo salmista, ele pode se regozijar e potencializar a sua fé em Deus, o verso seis diz: v.6 “no tocante a mim confio na tua graça...” graça aqui é intervenção salvífica de Deus trazendo força e alegria no coração do salmista. Não é uma simples alegria, mas um regozijo que significa gozo intenso; grande satisfação.
É uma esperança que Deus deu a ele de manter o animo na situação difícil que ele se encontrava. Esta esperança veio de forma cristalizada pela sua oração. O Salmista tinha que entender que era Deus quem cuidava dele. E parece que ele havia se esquecido disso. 1 Pedro 5: 6-7 “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”.
É Deus quem cuida de nós meus irmãos, é ele quem nos sustenta. Calvino diz que: “E devemos confiar que assim como nosso Pai nos nutriu hoje, ele não falhará amanhã”.
As experiências difíceis que passamos servem para fortificar a nossa fé e a nossa confiança em Deus. No Salmo 42: 5, mais uma vez, o Salmista conversa consigo mesmo, porque está perturbado. Mas, agora, trazendo sobre si as marcas das inúmeras experiências que provaram a fidelidade de Deus para com ele, este diz: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”.
O que aconteceu com o Salmista é algo excepcional e extraordinário que não é explicado pelas ciências, sejam elas físicas ou naturais.
CONCLUSÃO
Quando nos esquecemos de tudo quanto Deus fez e faz por nós, surge a tendência de questionarmos sobre suas ações. E a razão de estarmos sempre em comunhão com Deus através da oração é para que possamos sempre nos alegrar na sua bondade e fidelidade. É por isso que o apóstolo Paulo diz: Filipenses 4:4 “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”.
Neemias 8:10 “Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força”.
Texto: Salmo 13: 1- 6
INTRODUÇÃO
O salmo que acabamos de ler, tem como seu gênero literário “um lamento ou súplica individual”. Saber o gênero de cada texto é fundamental para nos situarmos em seu contexto, pois há expressões que só adquirem significados quando são lidas no interior de um determinado gênero.
Determinar o gênero literário é muito importante, especialmente no caso de textos que fazem parte de uma cultura diferente da nossa, como acontece com os textos bíblicos.
Mas, o que é um gênero literário? É um tipo de texto, assim como salmo de ação de graças, hino de louvor e assim por diante. O gênero identifica o tipo de filme que vamos assistir, como: ação, suspense, terror, comédia. Etc.
Este Salmo tem muito a nos ensinar porque retrata exatamente aquilo que é demais comum na vida do ser humano. E, ao mesmo tempo, desmistifica e desmantela a idéia de que Deus não está ciente das nossas aflições.
I- A LAMENTAÇÃO DO SALMISTA vv. 1-2
1) Nos versos um e dois vemos o lamento do salmista demarcado e expresso, em suas palavras agonizantes do tipo “até quando, Senhor?” “Esquecer-te ás de mim” “Ocultarás de mim o rosto” “Estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no meu coração cada dia” “Se erguerá contra mim o meu inimigo”. São perguntas típicas de uma pessoa angustiada e fragilizada pelas crises e sofrimentos da vida. Quando somos acometidos por esse tipo de situação logo nos deparamos com as mesmas perguntas: “até quando Senhor...?”
2) Podemos identificar quatro aspectos do sofrimento do Salmista: 1) solidão, porque Deus está esquecido dele; 2) vergonha, porque até parece que Deus não cuida dele, e por sua vez acaba transmitindo o sentimento da sua insignificância; 3) desespero, porque ele se vê deixado a mercê de seus recursos; 4) injustiça, porque os seus inimigos têm a vantagem e estão exaltados, enquanto que aquele que busca viver retamente diante do Senhor encontra-se abatido e destituído de qualquer privilégio.
3) Vivemos em dias difíceis onde a crise está instaurada em todos os lugares que norteiam a nossa vida: Na sociedade, na economia, na família e até mesmo na vida espiritual, enfim, crises existenciais que nos abate e nos leva ao lamento e a súplica, como no caso do Salmista. Sempre que isso acontece surge o desejo de saber até quando vai continuar. Queremos saber quando o alívio virá a nós.
4) O salmista estava com sua alma abatida. A alma é a sede da personalidade humana. Todas as nossas emoções e sentimentos giram em torno disso que chamamos de alma ou psique. E, isso, muitas vezes, pode trazer conseqüências físicas por aquilo que se conhece por “doenças psicossomáticas”. “Ou seja, doenças causadas ou agravadas pelo estresse psicológico, afetando o nosso sistema nervoso autônomo, que controla os órgãos internos do nosso corpo”.
5) Eu imagino que o Salmista estava a ponto de adoecer de tanto desespero e medo expresso em seus gritos agonizantes.
Ele estava entendendo que os sofrimentos e lamentações, são inevitáveis na vida. Mas se são inevitáveis, o que podemos fazer para aprendermos a lidar com eles? Qual é o caminho que devemos seguir? Qual atitude devemos tomar? E aí entra o segundo ponto:
II- SUA ATITUDE DE ORAÇÃO vv. 3-4
1) Muitas vezes nós perdemos a oportunidade de saborear a vida porque não aprendemos a ciência de administrar os problemas que nos afetam. Invertemos a ordem e a importância das coisas. Sofremos demais por aquilo que é de menos.
2) O Salmista não via outra alternativa a não ser a orar ao Senhor, pois só ele poderia intervir na situação deprimente que ele estava enfrentando. Ah, momentos e circunstancias na vida que só Deus pode nos livrar. Estas crises nos sobrevêm para confrontar o nosso egocentrismo, em pensar que podemos fazer tudo sozinhos. Pelo contrário, somos altamente dependentes de Deus. Jo 15: 5
3) E o texto nos fornece uma ferramenta eficaz para lidar com os sofrimentos: a oração. E foi exatamente isso que o salmista fez. Fez uma breve oração que mudou completamente a sua situação e seu comportamento. A oração não operou mudança em Deus, mas operou mudança na atitude do próprio salmista, através dela ele pôde aumentar sua convicção e sua esperança em Deus.
William James, psicólogo e filósofo americano, disse certa vez: “A maior descoberta de minha geração é que os seres humanos podem alterar sua vida alterando suas atitudes”.
4) Diante do desespero o salmista se viu não mais na necessidade de se lamentar, mas de orar. Alguém disse certa vez que: “A crença na providencia divina consiste em considerar que a ação que vem de Deus sempre nasce uma responsabilidade humana”.
Eu acredito que o Salmista estava nessa situação porque havia deixado, por alguns instantes, ou dias, aquela vida piedosa de oração e comunhão com Deus. Através disto surgiram as dúvidas se Deus realmente estava com ele.
A oração deve fazer parte da nossa vida. Romanos 12:12 “alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração...”
Muitas vezes nos tornamos reféns dos sofrimentos e perseguições, justamente porque não trilhamos pelo caminho da oração. Não alteramos nossas atitudes, conseqüentemente também não alteramos nossas vidas.
Filipenses 4:6-7 Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.
(Falar do significado de paz para os hebreus e gregos)
A paz de Deus que envolve nossos corações pela oração é o que nos leva ao terceiro ponto desta reflexão:
III- SEU REGOZIJO E CANÇÃO DE LIBERTAÇÃO vv. 5-6
Tendo passado pela experiência da graça e misericórdia de Deus, o salmista passa a regozijar-se, cantando louvores por causa da maneira como Deus agiu com ele. Deus fez com que o salmista aprendesse a lidar com seus sofrimentos e injúrias confiando em sua graça salvadora. Servir a Deus não nos priva dos problemas, mas nos prepara para ele. João 16: 33 diz: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”.
Eu entendo com isso, que o bom da vida não é em chegar às respostas que procuramos, mas sim em aprender em conviver com elas.
Muitos dos nossos questionamentos e sofrimentos, só poderão ser otimizados na medida em que aprendermos a lidar com eles.
Através da oração feita pelo salmista, ele pode se regozijar e potencializar a sua fé em Deus, o verso seis diz: v.6 “no tocante a mim confio na tua graça...” graça aqui é intervenção salvífica de Deus trazendo força e alegria no coração do salmista. Não é uma simples alegria, mas um regozijo que significa gozo intenso; grande satisfação.
É uma esperança que Deus deu a ele de manter o animo na situação difícil que ele se encontrava. Esta esperança veio de forma cristalizada pela sua oração. O Salmista tinha que entender que era Deus quem cuidava dele. E parece que ele havia se esquecido disso. 1 Pedro 5: 6-7 “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”.
É Deus quem cuida de nós meus irmãos, é ele quem nos sustenta. Calvino diz que: “E devemos confiar que assim como nosso Pai nos nutriu hoje, ele não falhará amanhã”.
As experiências difíceis que passamos servem para fortificar a nossa fé e a nossa confiança em Deus. No Salmo 42: 5, mais uma vez, o Salmista conversa consigo mesmo, porque está perturbado. Mas, agora, trazendo sobre si as marcas das inúmeras experiências que provaram a fidelidade de Deus para com ele, este diz: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”.
O que aconteceu com o Salmista é algo excepcional e extraordinário que não é explicado pelas ciências, sejam elas físicas ou naturais.
CONCLUSÃO
Quando nos esquecemos de tudo quanto Deus fez e faz por nós, surge a tendência de questionarmos sobre suas ações. E a razão de estarmos sempre em comunhão com Deus através da oração é para que possamos sempre nos alegrar na sua bondade e fidelidade. É por isso que o apóstolo Paulo diz: Filipenses 4:4 “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”.
Neemias 8:10 “Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força”.
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