quinta-feira, 10 de março de 2011

O ENCORAJADOR

Tendo em vista os desafios do presente século e as exigências com relação à pregação do evangelho, precisamos, mais do que nunca, de homens e mulheres corajosos a lançar mão nesse arado. Precisamos encorajar as pessoas e fazê-las entender que, de fato, vale a pena servir a Deus e seu reino. Porém, aquele que encoraja não é exatamente quem alarga a porta estreita ou desaperta o caminho apertado que leva à vida. Não é aquele que exige cada vez menos e promete cada vez mais. Não é aquele que faz uma “releitura” das Escrituras para chamar de bem aquilo que é mal, de luz aquilo que é escuridão, de doce aquilo que é amargo. O verdadeiro encorajador é aquele que modifica, não as coisas, mas as pessoas. É aquele que vai atrás dos recém-convertidos e lhes diz: “Continuem com as mãos no arado e não olhem para trás”.
É uma necessidade urgente para nossos dias encorajar as pessoas a não se “conformarem com este presente século, mas transformá-lo pela renovação das mentes”. (Rm12: 2) O apóstolo Paulo era um homem que tinha uma visão ampliada da vida e dos desafios contemporâneos que iriam, mais tarde, tentar suprimir o evangelho. Ele encorajava, porque sabia que servir a Jesus era nadar contra a correnteza, em todo lugar e em todo tempo. Daí, nasce a necessidade de alguém que exerça o ministério de encorajamento, no púlpito, nos aconselhamentos e na mídia.
O verbo encorajar é constante no livro de Atos dos Apóstolos. Paulo e seus companheiros, não somente pregavam o evangelho e abriam igrejas de cidade em cidade, “desde Jerusalém e arredores, até o Ilírico”, mas também encorajavam os novos convertidos a permanecerem na fé. Na Antioquia da Psídia, os chefes da sinagoga insistiram com Paulo e Silas: “Irmãos, se vocês têm uma mensagem de encorajamento para o povo, falem” (At 13: 15). A mensagem que encoraja não são piadinhas e historinhas, ou até mesmo palavras bem articuladas, mas, como o próprio apóstolo diz: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus”. (1Co 2:4-5) Um homem tão sagaz, versátil e de qualidades múltiplas, não só nas Escrituras sagradas, mas como na arte e na filosofia; encorajava a comunidade a não se apoiar em sabedoria humana e sim no poder de Deus. O poder divino cria, revigora, dá vida, traz alegria e paz, põe ordem no caos, transforma um mísero pecador num instrumento de glorificação e exaltação ao seu nome.
O ministério de encorajar os crentes e as lideranças vem desde os primórdios da história do povo eleito. No primeiro capítulo de Josué aparecem quatro vezes a solene advertência: “Seja forte e corajoso” (Js 1: 6,7,9,18). Temos que substituir o medo pela coragem, pois sabemos que “maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo”. (1Jo 4: 4b) .
A igreja deve pregar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz, levando as pessoas a se comprometerem com Deus num relacionamento sério com sua obra. Um lugar de vida renovada e encorajada por homens e mulheres que permitam ser controlados pelo Espírito do Senhor.
Deus nos Abençoe!

Rev. Rodrigo da Costa Santos

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