segunda-feira, 4 de abril de 2011

CULTIVANDO A ARTE DE “DESAJOELHAR”

CULTIVANDO A ARTE DE “DESAJOELHAR”


Por natureza, ou vaidade humana, queremos que os outros se ajoelhem diante de nós. No entanto, precisamos aprender arte de “desajoelhar” nossos próprios adoradores. Podemos seguir o exemplo de Simão Pedro. Quando o centurião Cornélio se ajoelhou diante do apóstolo em Cesaréia, ele o fez levantar-se, dizendo: “Levante-te, eu sou homem como você” (At 10: 26). E também o de Paulo e Barnabé. Quando a multidão de Listra começou a tratar os dois missionários como deuses em forma humana, e o sacerdote de Zeus trouxe bois para sacrificar e coroas de flores para eles. Porém Paulo e barnabé “rasgaram as roupas e correram para o meio da multidão, gritando: Homens, por que vocês estão fazendo isso? Nós também somos humanos como vocês”. (At 14: 14 – 15) Essa difícil arte de “desajoelhar” os outros pode ser aprendida também com aquele anjo que, em duas ocasiões diferentes, repreendeu o apóstolo João por ter se ajoelhado diante dele: “Não faça isso! Sou servo como você e seus irmãos, os profetas, e como os que guardam as palavras deste livro” (Ap 22: 9) Se, por trás de Pedro, Paulo, Barnabé e do anjo estava a glória de Deus, e se eles eram apenas seus instrumentos, Cornélio, o povo de Listra e João tinham de dobrar os joelhos, não diante deles, mas diante de Deus. Aí está o segredo da arte de “desajoelhar”. Muitos, levados pelo egoísmo, soberba e prepotência, desenvolvem uma arte persuasiva de coagir os outros a se ajoelhar diante de si. Muitas vezes pela “lábia”, pela exibição, pelo poder econômico, pela cultura do prestígio, pelos dons naturais, pela mentira, pelo ilusionismo, pelo medo, pela pressão e até mesmo pelos poderes demoníacos. Temos que desenvolver esta arte de “desajoelhar”, porque sempre há aqueles que estão dispostos a dobrar os joelhos a qualquer um que demonstre ser alguma coisa e saiba cultivar esse tipo de culto. Há muitos líderes de igrejas que buscam prestígios para si e desejam ser o centro das atenções, tentando colocar todos aos seus pés. Alguns tentam até comprar esse tipo de poder, como fez um homem chamado Simão, o Mago. Aquele homem de Samaria, que chamava a atenção de todos para si mesmo por meio da feitiçaria. Todos se admiravam ao ponto de exclamarem: “Este homem é o poder divino conhecido como o Grande Poder” (At 8: 9 – 10). Quando Filipe aparece por lá, fazendo milagres pelo poder do Espírito Santo, Simão ficou admirado e ofereceu dinheiro ao apóstolo para receber o mesmo poder em benefício de sua projeção pessoal. A palavra de Deus nos ensina a nos curvarmos e adorarmos a Deus, não a homens. “Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste culto” (Mt 4: 10). Lamentavelmente, até mesmo aqueles que têm uma capacidade especial para ser usada em benefício do Reino de Deus, muitas vezes, estão usando esse talento em benefício próprio, em busca de melhores condições pessoais e honrarias. A parábola dos talentos em Mateus 25: 14 – 30 nos ensina uma lição com relação a isso: “ O perigo de não multiplicarmos os nossos talentos em benefício do Reino e esconder para nós mesmos “, v.18 “abriu uma cova e escondeu...”. Precisamos entender que somos instrumentos nas mãos de Deus para servi-lo e glorificá-lo em sua soberania e naquilo que ele nos confiou dons e talentos.

Deus nos Abençoe!


Rev. Rodrigo da Costa Santos.

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